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Os Grafites no CSGO: A história cravada nas paredes

As paredes têm ouvidos para escutar histórias, mas também tem pinturas para contá-las.
Os Grafites no CSGO

Desde os primórdios, o ser humano usa as paredes como forma de comunicar grandes acontecimentos, seus feitos e sua forma de enxergar o mundo. Hoje, apesar de estarmos na era digital, as paredes do Counter-Strike mostram que você pode ter tudo registrado de outras formas, mas nada é melhor que a forma de arte criada pelos nossos ancestrais.

Mas aí você me pergunta: O que é preciso? Qual o diferencial para uma jogada se tornar um grafite? A resposta é simples, apesar de não ser curta e com um leve sentimentalismo envolvido. Para uma jogada se tornar um grafite, não basta apenas ter sido uma bela jogada, ela tem que ter acontecido no suprassumo do Counter-Strike, no principal evento, onde as lendas se encontram e a história é escrita. Onde os campeões são formados e são, com toda honra e mérito, reconhecidos como “campeões mundiais”. Essa jogada tem que acontecer no MAJOR.

Sabendo disso, vamos nos aventurar nos grafites que existem atualmente no CS:GO e entender que cada pintura é uma arte, cada arte tem uma história e cada jogada é uma obra de arte eternizada.

O primeiro a gente nunca esquece

O primeiro grafite, um dos mais simbólicos e conhecidos pela comunidade é o “hot defuse”. Essa incrível jogada foi protagonizada por Olof “olofmeister” Kajbjer. A jogada aconteceu durante a semifinal do Major da ESL One Cologne 2014 quando jogava pela Fnatic contra a equipe da Dignitas. Em uma série super disputada em um mapa que se encontrava empatado até o 29o round (penúltimo do tempo regulamentar). 

Jogando na Overpass, o Olofmeister conseguiu desarmar a bomba enquanto estava sendo queimado por uma granada incendiária, jogada pelo Nicolai “dev1ce” Reedtz. Apesar de não ter sobrevivido, conseguiu terminar de desarmar a bomba milissegundos antes de ser eliminado pelo adversário. Decisivo, grandioso, mostrando ser verdadeira a máxima de que os Nórdicos realmente têm sangue-frio.

Você, caro neófito, pode pensar que não foi nada de mais, afinal de contas, ele apenas desarmou a bomba. E se no exato momento que ele partiu para o desarme da bomba ele tivesse desistido de desarmá-la? Seria melhor ele jogar junto ao time para depois tentar desarmar a bomba? Ainda tinha muito tempo… Se o time perdesse o round por conta dele desistir de desarmar a bomba, teria sido culpa dele? Jamais! A maioria das pessoas faria isso, mas, a história poderia ser totalmente diferente, e isso, fez a jogada tão especial: a tomada de decisão sob pressão. A jogada que poderia levar seu time a uma final de mundial ou arruinar todos seus sonhos… Ele decidiu o seu destino e de toda sua equipe, como todo jogador diferenciado faz! 

Grafite do Olof no Bomb B da Overpass durante a ESL One Cologne 2014
Grafite lendário do “Olof” no bomb B da Overpass.

Dois é bom, três é demais, quatro é… Fnatic!

Mais uma vez, um grafite dedicado a uma jogada protagonizada pela equipe da Fnatic. Mais um momento decisivo, talvez ainda mais decisivo que o anterior. O cenário era o seguinte: grande final da ESL Cologne 2015, jogo na prorrogação, mapa Dust2, último round da primeira metade da prorrogação e seu time conseguiu uma boa vantagem vencendo os rounds anteriores, foi aí que a Fnatic decidiu inovar! Jogando do lado terrorista eles compraram 4 AWP’s, que é a arma de maior risco e recompensa do jogo (por ser muito cara e por seus atributos gerais), e surpreenderam, não somente a equipe adversária, como também os narradores e torcedores que acompanhavam o espetáculo. O Pronax eliminou o Apex com apenas 5 segundos de round e abriu caminho para mais uma rodada vencida pela Fnatic. 

Esse round quebrou a moral do time adversário, que acabou derrotado por 2×0, sagrando a Fnatic campeã mundial! Existe uma linha muito tênue entre ser bestial e ser besta, a Fnatic correu esse risco e, mais uma vez, foi bestial.

O grafite foi adicionado no respawn Terrorista, bem onde aconteceu a jogada, porém, após ser lançada uma nova versão do mapa em outubro de 2017, o grafite foi retirado. Resta apenas nas nossas lembranças, nos vídeos e em todas as partidas mundo afora que, quando vão para a prorrogação e uma das equipes se encontra em situação parecida com a da Fnatic, tentam fazer igual (a maioria das vezes sem sucesso).

Grafite da jogada historica da Fnatic durante a ESL Cologne 2015.
Grafite representando as 4 AWP’s da Fnatic na base Terrorista da antiga versão da Dust II.

Brasil! Meu Brasil brasileiro

Na semifinal do MLG Columbus 2016, o primeiro Major com premiação de 1 milhão de dólares, aconteceu o que, até então, foi a jogada mais marcante da história do Counter-Strike Global Offensive. No primeiro mapa da semifinal entre Luminosity x Liquid, quando a Liquid vencia o primeiro mapa da série (Mirage) por 15 a 9, o brasileirinho Marcelo “coldzera” David nos proporcionou a nata do CS:GO, uma jogada tão incrível que, não somente virou grafite, como está no ponto mais alto dos memoriais da história do Counter-Strike.

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Quando a Liquid pensava que iria fechar o mapa e abrir 1 a 0 na série, tiveram a terrível ideia de ir no Bomb de quem viria a ser o melhor jogador do mundo naquele ano. Coldzera conseguiu eliminar 4 adversários, sendo que 2 deles foram em um único tiro enquanto ele pulava (o que diminui de forma significativa a precisão da arma), levando a torcida, os narradores e todos os outros que acompanhavam o jogo ao êxtase total! Até o S1mple (melhor do mundo, hoje em dia), que era jogador da Liquid e foi eliminado no “tiro pulante”, teve uma reação que foi um misto de surpresa e admiração.

O parágrafo anterior contém muito clubismo, mas é livre de açúcares, calorias e glúten. Então pode degustar à vontade.

A verdade é que essa jogada foi o que virou a “chavinha” e fez com que um mapa aparentemente perdido fosse vencido pela equipe brasileira, que atuava pela Luminosity Gaming. Após vencer esse mapa, a equipe comandada pelo Fallen venceu mais um mapa disputadíssimo contra a Liquid, foi para a final contra a equipe da NaVi e sagrou-se campeã mundial!

Foi a primeira vez que uma equipe de jogadores do continente americano foi campeã de um Major de CS:GO e fomos nós, brasileiros, que conseguimos isso! Quando você ver as asas desse grafite no bomb B, além de lembrar dessa jogada, lembre, também, que ela nos levou ao topo do mundo.

Jogada mais marcante da historia do CSGO protagonizada pelo Coldzera durante a MLG Columbus 2016.
Grafite do coldzera da MLG Columbus 2016, no bomb B da Mirage.
Tatuagem Coldzera Grafite
O grafite ainda virou uma tatuagem do melhor do mundo de 2016 e 2017. Veja mais algumas de suas jogadas épicas!

Isso é um Major!

“What, are you serious? What is that? You can’t do that, s1mple! That’s not allowed! This is not FPL! This is a Major!” – James Bardolph, narrador.

A frase do James na transmissão do jogo diz tudo. O S1mple simplesmente quebrou todas as regras intrínsecas de um mundial de Counter-Strike. Jogando com seu jeito único e irreverente, proporcionou uma das jogadas mais plásticas da história do CS. A barbárie aconteceu na semifinal da ESL Cologne 2016 (o segundo Major daquele ano), entre Liquid x Fnatic.

S1mple, representando a equipe da Liquid na época, estava em uma situação desfavorável na rodada em um 2 versus 1 contra os terroristas Dennis e KRIMZ, no mapa Cache. Com a bomba plantada no Bomb B e em contagem regressiva, S1mple surpreendeu a todos pulando do “céu” e, ainda no ar, eliminou o primeiro adversário. 

O público já estava deslumbrado e aos gritos com o incrível tiro que Aleksandr “S1mple” Kostylev tinha acertado, mas não tinha nem dado tempo de se surpreender com o primeiro tiro que, assim que o jogador chegou ao chão, novamente superou as expectativas de qualquer um ao eliminar o KRIMZ em um tiro sem mira a uma longa distância. Grande risco, grande retorno. S1mple mostrou que não importa se é em uma partida ranqueada ou se é um mundial, quem sabe faz ao vivo!

Grafite S1mple
Grafite do S1mple, no bomb B da antiga versão da Cache.

O que o futuro reserva?

A história é escrita dia após dia e com certeza teremos novos grafites. Cada grafite sempre será único e despertará sentimentos diferentes na pessoa que passar por ele e olhar. Eles são importantes para aqueles que não fazem ideia do que aconteceu, e, são mais importantes ainda, que para quem viu ou vivenciou aquele momento, possa ter o gostinho de lembrar novamente. Desde a ESL One: Cologne 2016 não tem uma jogada, que foi julgada pela Valve, merecedora de grafite. De lá para cá, já se foram 7 Majors.

Você acha que teve alguma jogada merecedora de grafite no último major?

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